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A escolha não é sacrifício pessoal ou domínio sobre os outros. A escolha é independência ou dependência. Essa é a questão básica. E ela procede da alternativa entre a vida e a morte. O código do criador é construído de acordo com as necessidades da mente racional que permite ao homem sobreviver.
O código do parasita é construído de acordo com as necessidades de uma mente incapaz de garantir sua própria sobrevivência. Tudo o que resulta do ego independente do homem é bom. Tudo o que resulta da dependência de um homem pelo outro é mau.
O homem que tenta viver para os outros é um dependente. É um parasita em sua motivação, e faz daqueles a quem serve parasitas também.
Essa relação não produz nada além de corrupção mútua. É impossível conceber tal relação. O exemplo mais próximo na realidade — o homem que vive para servir aos outros — é o escravo. Se a escravidão física é repugnante, quão mais repugnante é o conceito de escravidão espiritual? O escravo, mesmo sendo subjugado, ainda retém um vestígio de honra. Ele tem o mérito de haver resistido e de saber que a sua condição é revoltante. Mas o homem que se escraviza voluntariamente em nome do amor é a criatura mais desprezível que existe. Ele degrada a dignidade do homem e degrada co conceito de amor. Mas é essa é a essência do altruísmo.
Graus de habilidade variam, mas o princípio básico permanece o mesmo: o grau de independência, iniciativa e amor pelo seu trabalho é o que determinam seu talento como trabalhador e seu valor como homem. A independência de um homem é a única medida da sua virtude e do seu valor. O que um homem é, e o faz de si mesmo; não o que fez, ou deixou de fazer, pelos outros. Não há substituto para a dignidade pessoal. O único padrão de dignidade pessoal que existe é a independência.
O primeiro direito na Terra é o direito do ego. A primeira obrigação do homem é consigo mesmo. Sua lei moral é nunca permitir que seus principais objetivos residam dentro de outros. Sua obrigação moral é fazer o que deseja, desde que seu desejo não dependa primariamente de outros. Isso inclui toda a esfera de sua faculdade criativa, do seu pensamento, do seu trabalho.
A única forma de os homens se beneficiarem mutuamente e a única declaração de um relacionamento apropriado entre eles é: Sem interferência! Eu não reconheço nenhuma obrigação para com os outros homens, com uma única exceção: respeitar a sua liberdade e não participar de nenhuma maneira em uma sociedade escravocrata.